Para que não atrapalhássemos o já tumultuado andamento das aulas, a sessão de cinema foi proposta para acontecer em um sábado à tarde. O convite foi disponibilizado durante a semana no grupo de WhatsApp e na página do Padlet.
Entendendo a dificuldade de participação no contraturno, foi indicado que a presença não era obrigatória e que os alunos poderiam assistir à produção, ofertada em algumas populares plataformas de streaming, como a Netflix e Youtube Premium, de acordo com a sua disponibilidade.
No dia e horário acordados, não houve nenhum tipo de intervenção. Aos 14 alunos presentes durante a transmissão, a única recomendação foi que prestassem bastante atenção. Com câmeras e microfones desligados, a sessão aconteceu tranquilamente, sem nenhum tipo de interrupção. Todavia, sentimos falta da observação das reações dos alunos durante a projeção. Contamos apenas com o relato de alguns pais que, a pedido da docente, encaminharam fotos do momento da exibição.
Na segunda etapa, antes de início as discussões, enquanto os alunos estavam entrando na sala virtual, foi pedido para que acessassem o Mentimeter. Ao abrir a página indicada, os alunos se depararam com a seguinte pergunta: “Com apenas uma palavra, descreva o que você achou do filme “Sherlock Holmes”. A partir das intervenções dos alunos, o próprio sistema criou uma nuvem de palavras.
Após análise da nuvem, projetada via Google Meet, com o auxílio de slides (disponíveis na aba "Arquivos" deste site) preparados para o evento, discutimos sobre alguns elementos estruturais da obra. A princípio, coletivamente, os alunos foram convidados a fazer uma viagem virtual até Londres, cidade palco da história. Através de um atual vídeo 360º, percorremos pontos turísticos e algumas vielas da histórica cidade. Ao perguntar se aquele vídeo correspondia ao mesmo período do filme, os alunos indicaram que era a mesma cidade, porém em épocas distintas. Assim, conversamos rapidamente sobre a sociedade e a vida cotidiana no século XIX. Os alunos se mostraram bastante interessados na análise dos diferentes tipos de carroça utilizados para locomoção.
Logo em seguida, foram apresentadas algumas imagens que conduziram nossas discussões sobre o figurino e as caracterizações, que atendiam a seleção de uma paleta específica de cores. Alguns alunos se mostraram encantados com as vestimentas do período e sobre como as mulheres conseguiam transmitir suas ideias por intermédio das roupas. O cenário e a elaborada cenografia também foram citados pelos alunos. Ainda que as belas locações tenham sido destacadas, a predominância de tons escuros e acinzentados foi citada por alguns alunos como um dos fatores que garantiu o constante clima de tensão na película. Aliados à sua bela trilha sonora, o filme conseguiu conduzir os telespectadores para o período da aventura de Sherlock Holmes. O foco da narrativa e a sua estrutura dramática também foram analisados. Os alunos destacaram o fundamental papel de Dr. Watson que, segundo eles, “é um injustiçado”, pois merecia ser tão aclamado quanto Holmes. Todos os apontamentos foram essenciais para que contextualizássemos o universo no notório personagem.
Seguiu-se com a apresentação de uma breve biografia de Sir Arthur Conan Doyle. Afinal, ainda que todos os alunos tenham sinalizado conhecer alguns dados sobre o famoso investigador e seu fiel escudeiro, seu criador se mostrou um completo desconhecido para a maioria. Alguns alunos indicaram até mesmo acreditar que Sherlock Holmes era uma pessoa real.
Esclarecidas as dúvidas, os alunos foram convidados a participar de uma disputa: vencer todas as etapas da versão on-line do jogo Sherlock Holmes: O cão dos Baskerville, desenvolvido pela Alawar Entertainment (link para baixar o jogo disponível na aba "Arquivos" deste site). Foi pedido que os alunos instalassem os jogos em seus dispositivos para que pudéssemos enfrentar desafios buscando desvendar os mistérios apresentados. Contudo, determinou-se que o desafio só teria início na próxima leitura, com a análise do seu manual de instruções.