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TERCEIRA MISSÃO: “A HORA DO CONTO”

Na terceira missão, no dia marcado para o encontro virtual semanal, a docente começou perguntando aos alunos se eles gostavam de histórias de assombração. A partir de indicação positiva, perguntou-se quais eram as primeiras narrativas que vinham à cabeça quando se falava a respeito disso. Vários alunos citaram lendas urbanas clássicas, como “A loira do banheiro” e brinquedos mal-assombrados. Alguns falaram ainda sobre figuras do folclore nacional, como a Cuca (reconhecida, principalmente, mediante uma famosa canção de ninar) e o Lobisomen. Surgiram até mesmo relatos pessoais sobre aparições de espectros.

Empolgados com o tema, a professora perguntou se eles conheciam “Maria Angula”. Ao indicar que aquela não era uma narrativa conhecida por eles, foi pedido que ficassem atentos à história que seria contada naquele momento. O vídeo previamente produzido pela professora com materiais bem simples foi reproduzido (vídeo disponível nas mídias deste site). Através de um teatro de sombras, os alunos ouviram atentamente a narração deste conto da tradição oral equatoriana.

Após a apresentação, perguntou-se aos alunos quais eram as suas suposições quanto ao desfecho da história. Questionou-se o que teria realmente acontecido com a espevitada Maria Angula. De forma unânime, foi indicado que ela provavelmente teria sido levada pelo espírito daquele do qual tinha roubado as tripas no cemitério.

Logo em seguida, a professora indicou que, para a próxima aula, seria organizado um concurso de contação de histórias de assombração. Em grupos de até quatro pessoas, os alunos deveriam selecionar um conto e, utilizando o formato de sua preferência (apenas áudio, vídeo, apresentação de imagens prontas ou produzidas por eles, teatro de sombras, animações, entre outros), providenciar material para a sua apresentação, que deveriam ter, no máximo, cinco minutos de duração. No final do dia, jurados convidados especialmente para o evento selecionariam a exibição mais marcante daquela sessão. Também foi solicitado que, para que não houvesse repetições, os nomes dos contos selecionados fossem enviados previamente no grupo de WhatsApp do projeto.

Além de alinhar nossa proposta a atual conjuntura, a escolha pela produção de material digital dialoga com os preceitos da BNCC (2017), que sinaliza a profícua necessidade de se considerar o caráter multissemiótico e multimidiático dos textos, contribuindo para o imperioso letramento digital, tão necessário nos dias atuais.

Notamos, animadamente, que os esforços na busca por esses propósitos, estavam seguindo por uma boa direção, pois, ansiosos para demonstrar suas habilidades, os alunos se organizaram rapidamente e, dois dias depois, já estávamos com os textos e apresentações definidos.

Para que pudéssemos tentar evitar problemas técnicos, foi solicitado que todos os grupos enviassem seus vídeos para a docente com antecedência. No total, foram enviadas 13 produções. Dos 29 alunos companheiros de projeto, apenas 03 não participaram da atividade. Acreditamos que, pelas já conhecidas dificuldades na realização de trabalhos em grupos, agravadas, agora, pela comunicação virtual, 04 alunos optaram por realizar a atividade individualmente.

No dia agendado, além da docente, a dinâmica contou com a ilustre presença de três jurados, que foram apresentados aos alunos logo no início do encontro. Em seguida, prosseguiu-se com a apresentação do material dos alunos. Mesmo com a preparação prévia, tivemos alguns problemas de áudio devido a incompatibilidade de programas. Porém, as questões foram rapidamente resolvidas e a dinâmica teve início com a veiculação das produções seguindo a ordem programada no WhatsApp.

A cada apresentação, os alunos tiveram oportunidade de interagir e parabenizar seus colegas através do chat disponível na plataforma Google Meet.

Imagem com fragmento da apresentação de um dos grupos.

Conforme nossa organização, o grupo 13, responsável pela exibição da lenda do Lobisomen, trouxe a narrativa em um arquivo de áudio.

Após a transmissão dos 13 criativos vídeos, a docente agradeceu a participação dos alunos, que foram dispensados para que o corpo de jurados pudesse selecionar a melhor apresentação do dia.

Durante a dinâmica, ficou nítido o esforço dos discentes no intuito de proporcionar um clima de tensão, com imagens assustadoras e trilha sonora capaz de fazer o telespectador arrepiar. Os alunos se apropriaram de já conhecidas histórias (em sua maioria, lendas urbanas) para que pudessem criar seus roteiros e organizar, assim, suas produções audiovisuais.

Após acalorado debate entre os convidados, determinou-se que o grande vencedor foi o grupo 03, com uma animação inteiramente desenhada e produzida pelos alunos, a partir da história “Corpo Seco”, que narra as consequências sofridas por um garoto que não respeitava seus pais.

Porém, o corpo de jurados achou justo que dois outros grupos também recebessem uma menção honrosa: o grupo 05, pela criatividade na apresentação de “O velho Babadook”; e o grupo 04, pelo clima de tensão criado durante a narração da história sobre o “Velho Santânico”.

Seguindo os protocolos sanitários da cidade, com o auxílio de um serviço de entregas, os prêmios foram enviados para as residências dos alunos.

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